Ver se partir tão só, fez com que quisesse recuar de uma vez por todas e cair ali, á espera que o mundo acabasse, mas continuou, ainda com a vontade de recuar ele continuou a caminhar invadido de pensamentos. Tentou voar, tentou fechar os olhos para ver se o caminho deixava de ser tão longo, procurou em redor se haveria alguém que lhe pudesse dar a mão, mas só encontrou solidão e silêncio. Mas por dentro, ele estava num rodopio de sentimentos. Naquele momento tanto o que ficou pra traz como o que poderia ser o futuro tornou-se impossível e ele queria desistir, não que já o tivesse feito antes, já fez, mas agora que tinha todas as certezas e podiar seguir ele só queria recuar. Antes ele teria desistido com medo de enfrentar a realidade, com medo que não o compreendessem, com medo de sair a perder, com medo (...). Mas agora o coração impedia-o de recuar, embora ele o quisesse tanto mas tanto, não estava a seu alcance contrariar a grande força que agora vivia dentro dele, o amor. É esse monstro que o assusta, é ele que lhe pede pra ficar mas também ele que o afugenta. É ele que lhe tira o sono ou porque quer sorrir ou porque quer chorar, é ele que não se esclarece e deixa a dúvida que fica, fica, fica (...) é um mistério, um caminho com um fim que não vemos apenas o sentimos mas quando nos deparamos com ele queremos fechar os olhos e pensar que ele não está ali, o fim. É com medo do monstro que muitas vezes ele recua, mas agora (...) agora não pode.

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